Voltei na quarta-feira à Ovelha.

As férias foram tranquilas, exactamente da forma que as desejava.

Acabei a camisola – Flower Child que ficou muito bonita, falta-me ainda rematar alguns fios e fotografá-la em condições.

Não tricotei mais nada neste período. Andei dedicada à minha horta que começa a conquistar território ao espaço que tinha relvado. Já comecei a plantar algumas hortícolas, além das aromáticas e espero daqui a um mês já poder colher as alfaces, o alho francês e os bróculos.

Chegou também uma nova residente lá a casa, adoptamos mais uma gatinha. Como quando a Victória nasceu, os gatos e a cadela já tinham alguma idade, vai ser bom ela poder ver a Miu a crescer.

Neste processo foi bom saber que existem várias associações e grupos a cuidar das colónias de gatos que existem pela cidade.

No início das minhas férias, dei um salto à feira de Artesanato de Vila do Conde e pude finalmente estar um pouco com um amigo de longa data. O Zé é dos artesãos que mais me fascinam, pela perfeição, atenção em todos os detalhes, gosto e conhecimentos com que faz o seu trabalho. Conheci-o em 2000, quando dançava e vi nascer das suas mãos peças incríveis. Neste momento tem a sua marca – Machado – para a qual desenvolve acessórios e sapatos em couro, mas eu sei que vocês já o conhecem :)!

Estive também na Feira, com a Guida Fonseca e a Isabel Cartaxo, a quem comprei as meadas bonitas que estão na fotografia.

E a propósito, vai acontecer no Lugar do Têxtil, em Viana do Alentejo, uma Oficina de Cozinha Indiana nos dias 3 e 4 de Setembro, onde terão como matéria de trabalho nan e apas, pakoras e puris, grão, caril e mais coisas. São neste momento 12:02 e falar nestas coisas põe-me cheia de fome…

Todo o resto do tempo andei sempre por sítios tranquilos…

Tirei esta fotografia durante um passeio. A aldeia tem um nome lindo – Esperança e nela passei muitas das minhas férias de Verão, quando era pequena.

Hoje quando acordei, fotografei-as. Todas as manhãs as observo com admiração: a sua forma longa e vertical e a capacidade de se manterem por décadas, séculos, reunindo no seu corpo a terra e o céu. Tudo o que necessitam, absorvem da terra e da energia luminosa.

E como fui contagiada pela Jubela com o bichinho dos bordados, tenho andado também às voltas destas árvores.

Ainda não tenho muita habilidade mas tenho-me divertido imenso a fazê-las…

O meu Tea Leaves está praticamente terminado.

Apenas falta colocar-lhe os botões. Estava a pensar fazer um igual em pequenino para a Victória…

Este sábado vão acontecer mais umas Feiras Francas no Palácio das Artes-Fábrica de Talentos.

E, integrada na feira e prolongando-se até dia 20 de Abril, estará uma exposição de figurinos da Patrícia Costa, amiga das tripas ao coração, companheira das danças e das fibras!

Imperdível.

<< Nasci na invicta, trabalho como freelancer,
desenvolvendo projectos na área do figurinismo,
cenografia, interpretação/performance e design gráfico.
O meu trabalho tenta ter em si um registo artesanal.
A procura de materiais usados. Pormenores com histórias por desvendar.
Objectos gastos pelo tempo. Texturas que nos aguçam a curiosidade.
São tudo pontos de partida na tentativa de obter alguma autenticidade naquilo que faço,
perfurando tradições, criando e aproveitando imperfeições tão necessárias ao processo.
O erro e a história podem ser preciosos elementos!
É nesta mistura do tradicional que me vejo dando sempre um carácter com alguma contemporaneidade,
montando e desmontando, entre linhas e panos, entre objectos formes e disformes.
Procuro viciosamente aproveitar coisas que já existem.
Em segundas, terceiras ou quartas mãos,
repensando, reformulando, entrelaçando com outros elementos e muitas vezes dando-lhe uma nova função,
num jogo seguido, acima de tudo, pelo mote da intuição e da criactividade.
Sendo a vertente da reciclagem um factor permanente nas minhas propostas.>>