Hoje é o dia internacional da Mulher.
Decidi partilhar convosco, um exercício que fiz há quatro anos atrás.
Estava na altura a dançar na companhia Ballet Contemporâneo do Norte, e a proposta era, depois de ter sido fornecida aos bailarinos uma imagem de uma pintura, criarmos um pequeno trabalho.
Recordo-me que a pintura de Magritte que serviu de ponto de partida ao meu exercício, me fazia pensar no que é ser Mulher. Isto foi intensificado pelo facto de na altura, ter sido mãe há pouco tempo e penso que estava mais do que nunca a sentir o que é isto de ser Mulher.
Este exercício chama-se “O fio”.
O fio é símbolo de ligação. O tempo e a vida são comparados muitas vezes a um fio. O fio da vida que nos conduz, o fio que tem um princípio e um fim, que às vezes se embaraça ou nos limita.
Na mitologia grega, o fio de Ariadne refere-se a um novelo que esta deu a Teseu e como qual ele conseguiu sair do labirinto, é símbolo do princípio que nos leva ao conhecimento.
Na mitologia grega também, as Moiras sao deusas gregas cujo comportamento simbolizava o cumprimento do destino e Cloto é a que tece os fios da vida.
Este fio é um humilde registo de muitas mulheres das quais nada sabemos mas sobre as quais conseguimos perceber/sentir muito.
Mas como tenho a sensação de que as palavras nem sempre conseguem traduzir as manifestações do espírito, convido-vos a ver este registo. A música é de Carlos Paredes.
E que Cloto esteja connosco!
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Fantástico, Jun!
Obrigada!…