Se vamos tricotar um cachecol ou uma manta tudo se torna mais simples, podemos ir ao sabor de um fio que gostamos, sem olhar tanto às suas características.
Se vamos seguir um modelo, temos que ter em atenção a tensão (gauge em inglês) do fio utilizado pela criadora do modelo. Isto, se queremos evitar fazer muitos cálculos de adaptação…!
Mas atenção, por vezes fios com tensões iguais mas de cor, textura ou composições diferentes (lã e algodão por exemplo) dão resultados finais bem distintos. O ideal é sempre fazer uma amostra e ver o resultado!
Os fios são compostos por 1, 2 ou mais cabos torcidos e é a espessura individual destes cabos que ditará a espessura final do fio. Existem fios compostos só por um cabo como é o caso do Manos Silk Blend (ag. 4mm), o Malabrigo Lace (ag. 2.75mm) ou o Cocoon (ag. 7mm).
Um fio uniforme, com uma torção clássica e de uma só cor tornará qualquer trabalho de entrançados ou pontos ajourados mais definido. Já um fio de um só cabo dará um ar mais relaxado e suave.
Os fios matizados ou de fantasia resultam melhor na minha opinião, num ponto base simples como o jersey.
Finalmente, para tricotar em fair-isle usaria um fio de torção clássica tendo em consideração que em cores sólidas (cor uniforme) os padrões resultam mais delimitados e definidos e num fio mesclado (ser mesclado é diferente de ser matizado) como um tweed os padrões diluem-se mais. A opção entre um ou outro é uma questão estética, de gosto pessoal.
O modelo da capa da revista da Debbie Bliss é tricotado no Baby Cashmerino , ficam portanto mais definidos os desenhos.
Este modelo que aparece na Rowan 42 é tricotado no fio Felted Tweed e por isso os desenhos ficam menos marcados.
Este modelo que aparece na Designer Knitting, é tricotado no fio Wool Clasica.
Este modelo que aparece também na Rowan 42 utiliza os fios Wool Cotton e Kidsilk Haze.
Este modelo da Rowan 44 utiliza o fio Kid Classic.
Podemos também utilizar, um fio com uma cor que nos serve como base e utilizar um outro novelo cujo tingimento faz uma progressão de cores. Neste exemplo abaixo que é um modelo da Kate Jackson, é utilizado o Noro Kureyon (que faz as variações de cor) com uma cor base da marca Brown Sheep.
Se tricotarem um modelo em fair-isle para depois nele utlizarem a técnica dos steeks, terão que ter algum cuidado na escolha do fio. Nos steeks não se devem utilizar fios que desfaçam com facilidade, como é o caso de fibras provenientes de plantas, sintéticas ou lãs superwash. Um fio que seja rústico, menos macio, onde se note algum pêlo, será mais adequado.
Ai aquele poncho multicolorido! Que perdição…
Mal posso esperar pela formação de sábado! 😀
E eu, por vos ter cá ;)!
Boas dicas!
Bigado
Lindo post!
:o)
Brilhante post!
Há tanto por aprender e gosto muito desta maneira de pouco a pouco ficar a saber o que é essencial mas que não entra nas revistas e receitas.
Muito interessante e com um resultado espectacular, aquele uso do fio Nori contra um fundo uniforme.
EU QUERO O PRIMEIRO CASACO!!!
Quero a recita/revista do casaco…. fiquei apaixonada!!
Qualquer dia destes vou ao Porto.